terça-feira, 22 de novembro de 2011

de tão convexo...

Deito na minha cama branca, sozinha. Quero pensar em você.
Desarrumo os lençóis. Meu corpo pede alguma desordem.
Mal fecho os olhos e já sinto a pele orvalhar. Verto de um desejo lento, de uma vontade imensa de você.
Tiro a roupa sem pensar, não há espaço para mais nada em mim.
Deslizo as mãos brandas, lânguidas, pelos caminhos que serão teus.
Só de pensar na tua voz, altero tudo em mim. Suo, torno a pele escorregadia, carregada de desejos.
O ventre vira música, vibra, ressoa, revebera.
E nem sei mais respirar. Ondulo.
É desse tremor logo abaixo do umbigo que te falo.
Desse amor umedecido que rompe essa represa em mim.
Desse gozo lindo, feito das centelhas do sol.
Do que faz nascer essa alegria libidinosa que mora na minha cama branca, e que desenha serpentes de luz.
Tantas.
É.
Sou côncava diante de ti.
Côncava.
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