sábado, 12 de novembro de 2011

quintal secreto...

Cultivo um quintal secreto.
E tenho estado nele mais do que de costume.
É que minha história é contada na superfície do corpo, mas nasce lá nos fundos de casa.
Lá onde tomo banhos demorados, onde estendo a roupa limpa, revolvo a terra. Onde chuvas benfazejas salvam brotos insistentes de fertilidade (e eu nem lembrava !).
Tem caco de telha e tijolos crus... mato e sombras. Eu preciso.

Fora do meu quintal tudo é tão volátil.
Tão efêmero, tão passageiro.
E ando querendo as eternidades.

É que tenho estado mais comovida, e em dias assim, restauro uma confiança quase esquecida...
E já não sei se quero me esconder.
Talvez agora eu queira me mostrar.
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