quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

não, não dou.

Foi o teu jeito de olhar pra mim.
E de dizer, despudoradamente, que me queria.

- Me dá um beijo ?
- Não, não dou.
Nem bem acabei de dizer e lá estavam as tuas mãos, percorrendo minhas costas, deslizando pela minha nuca, puxando meu cabelo e roubando um desses beijos que eu já nem lembrava. Encostada na parede, presa nesse campo magnético luminoso, só o que eu sabia era te querer. Nossos cheiros misturados entre tantos sussurros e tantas bobagens.
Minha boca repetia os teus desejos.
Foi só um instante, mas um desses momentos eroticamente imperiosos, onde tudo está a serviço do prazer.
Nunca me senti tão perto, 
do céu e do inferno.
Passou.

Repetir aquilo seria deixar de flutuar, e começar a afundar...
Aquele instante, eu sei, ficou perdido para sempre.

4 comentários:

  1. queria eu ter estes impulsos kkkk, mas, perdi :)
    bjs

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  2. Ah Sol...

    Como vc escreve de um jeito lindo, adoro!
    Tantas vezes me encontro nessas linhas,
    tantas vezes queria me encontrar...
    Hoje queria ter me encontrado,
    queria ter tido esse momento, esse impulso,
    esse céu e inferno, mas medi os suspiros e entraves.
    Passou...
    Uma pena!
    Mas o poema? Lindo como tudo aqui rs

    www.reticenciando.com

    Milhões de beijos

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  3. Que pena q afundou....

    Mas bem sei q é ir do Céu ao Inferno em segundos...

    mas isso tbm é vivre(?)(!) ;-)

    Bj em teu coração Solange.

    saúde e paz


    Ro

    e teu outro blog?

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  4. Esse balancê de ir não ir, dar não dar é que faz a gente flutuar, faz o tempo desiludir tuas crenças e parar ponteiros, esparramar sentidos em todo o colchão. Dar sustos no coração.

    Beijo na alma, Mai (?)
    Sam.

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