domingo, 8 de junho de 2014
boa de cama...
Gabava-se aos sete ventos que era boa de cama.
Eu, recém-saída da adolescência, imaginava-a pendurada no lustre, só
podia.
Mas o tempo, generoso
que é, mesmo sem pedir licença, me colocou contra a parede. Fui viver minhas
histórias.
Aprendi que a
linguagem dos corpos habita um terreno misterioso, e que para funcionar
sexualmente é preciso atitude. É preciso estar
despido de pudores para permitir que a ocitocina invada nossa corrente
sanguínea e confunda nossos neurônios. Nessas horas perder-se é achar-se.
De resto, não há receitas.
Sorte de quem, como
eu, descobriu como transformar o corpo (muitas vezes longe de ser perfeito) num
delicioso parque de diversões.
No sexo, gosto do
amor.
E no amor, gosto do que excede, invade, avança, dessa matéria intangível
moldada a quatro mãos, das sensações embriagantes que me deixam sempre com
vontade de querer mais. Viro verbo conjugado no corpo do outro.
Se sou boa de cama ? Não sei.
Só sei que no amor meu corpo entende tão bem o corpo do outro, que diante de qualquer
mínimo estimulo o resultado é sempre sexy, erótico, envolvente e
visceral.
É.
Sexo sublime também merece ser valorizado.
Pendurados, ou não, no lustre !
Solange Maia
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Maravilha de texto Solange! Falou tudo: não importa um corpo escultural se não houver atitude. Bravos! Uma ótima semana!
ResponderExcluirSolange: Gostei de ler o teu texto sim tens razão no que dizes se não for assim sexo amor não vale de nada.
ResponderExcluirBeijos
Santa Cruz
Com este texto minha imaginação se expande ...
ResponderExcluir